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PAINEIRA VELHA, ABANDONADA, LÁ NA ESTRADA DE MEU SERTÃO
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EIS UMA HISTÓRIA, DE MEU PASSADO, QUE ESTÁ GUARDADA NO CORAÇÃO
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EU A ENCONTREI, ERAS PEQUENA, EM MEIO AO MATO, ONDE NASCEU
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TODAS AS TARDES, EU A REGAVA, E ASSIM DEPRESSA, VOCE CRESCEU
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PAINEIRA VELHA, NA SUA SOMBRA, COM MINHA AMADA, FUI TÃO FELIZ
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COLHENDO AS FLORES, QUE VOCE DAVA, MAIS O DESTINO, ASSIM NÃO QUIS
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E NUMA TARDE, VOCE MURCHOU, E O CANARINHO, EMULECEU
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FUI NO SEU TRONCO, SÓ ENCONTREI, O NOME DELA, E UM ADEUS
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PAINEIRA VELHA, DAQUELES TEMPO, JÁ SE PASSARAM, MUITOS JANEIROS
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AINDA ÉS TÃO BOA, TUA SOMBRA AMIGA, HOJE É POUSADA DOS BOIADEIROS
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JÁ NÃO EXISTE, MAIS O TERREIRO, E O MEU RANCHINHO, CIPÓ COBRIU
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E A SUA CASCA, CRESCEU DE NOVO, E O NOME DELA TAMBÉM SUMIU
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PAINEIRA VELHA, FIEL AMIGA, NOSSOS DESTINOS, SÃO SEMPRE IGUAIS
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SE ESTOU CONTENTE, VOCE FLORESCE, QUANDO EU PADEÇO, SUAS FOLHAS CAEM
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NASCEMOS JUNTOS, PAINEIRA VELHA, VAMOS MORRER, NESTA UNIÃO
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DE VOSSOS GALHOS, QUERO UMA CRUZ, DE SUA MADEIRA, QUERO O CAIXÃO.