E Meu sangue não espera A E Pra correr sobre essa terra A E Bm E E a flor brota no segundo da semente arrebentar Quem se nasce na miséria A E De sentido ou de matéria A E Bm E Não quer reviver no corpo o que a alma faz lembrar E não se transpõe a sua sina A E Mas desenrola sua bobina A E Faz queijo sem caseína Bm E Não pode dormir, e vive a sonhar E A E Ela nunca quis filhos, e sempre os recebeu bem A E A terra era mãe carinhosa e a planta era só um neném Bm E Com o sol se acendia Bm E Com o vento fazia amor Bm E Com a chuva concebia A E E com o tempo... Abria uma flor Bm E Lelelelê lelelê lelelê lelelê A E Lelelelê lelelê lelelê lelelê lelelê lelelê Bm E Foi assim até o dia em que o homem forçou o parto Bm E Decidiu que aquela virgem podia deixá-lo farto Bm E E a terra, ainda moça, foi útil violentada Bm A E aquela já inutil E É presença evitada E Meu sangue não espera A E Pra correr sobre essa terra A E Bm E E a flor brota no segundo da semente arrebentar Quem se nasce na miséria A E De sentido ou de matéria A E Bm E Não quer reviver no corpo o que a alma faz lembrar E não se transpõe a sua sina A E Mas desenrola sua bobina A E Faz queijo sem caseína Bm E Não pode dormir, e vive a sonhar Bm E Lelelelê lelelê lelelê lelelê A E Lelelelê lelelê lelelê lelelê lelelê lelelê