G Sinto na goela a força desta cantiga D7/F# Que certamente há de irmanar o meu povo C D7/F# Pra que a esperança e a humildade se acolherem G E se entreverem na busca de um mundo novo G Erguendo ranchos de santa fé e pau a pique D7/F# Bolcando a terra com mariposas e arados C D7/F# Semeando vidas na imensidão deste pampa G Mantendo a estampa do Rio Grande abagualado D7/F# G Foi junto aos tauras que nasceram das peleias D7/F# G E os que entregaram corpo e alma ao nosso chão C D7/F# Que veio à tona este apego sem costeio G Que faz floreio e nos golpeia o coração D7/F# G Temos nas veias o mesmo sangue dos guapos D7/F# G Temos no peito a mesma gana dos outros C D7/F# Que se extraviaram em faturas de gado alçado G Ou nos banhados sumiram boleando potros G Esta querência falquejada a ferro e fogo D7/F# Fez do gaúcho um centauro sobre a terra C D7/F# Trazendo adiante uma trajetória que encanta G E na garganta um bravo grito de guerra G Este gaudério que cortou várzeas e grotas D7/F# Desdobrou léguas na volta dos corredores C D7/F# Costeou matreiros sovando garras e laços G Abrindo espaços pra ginetes e pealadores D7/F# G Um sentimento dentro de mim se alvorota D7/F# G Por isso eu canto clamando por liberdade C D7/F# A esta gente que luta changueando uns cobres G E além de pobres enfrentam desigualdades D7/F# G Mas algum dia há de brotar campo à fora D7/F# G Frutos de um sonho que um dia serão tronqueira C D7/F# Pra palanquear uma tropilha de mouros G E os índios touros vão surgir na polvoadeira!