Fala do homem nascido António Gedeão/ José Niza Transcrição – Miguel Gouveia (G) – 320003 (C) – X32010 (D) – XX0232 (A7) – X02020 (G)Venho da terra(C)assombrada do ventre de minha(D)mãe (G)não pretendo roubar(C)nada nem(D)fazer mal a(G)ninguém Só quero o que me é(D)devido (G)por me trazerem(A7)aqui (G)que eu nem sequer fui(C)ouvido no (D)acto de que(G)nasci (G)Trago boca pra(C)comer e olhos pra(D)desejar (G)tenho pressa de(C)viver que(D)a vida é água a(G)correr (G)Tenho pressa de(D)viver (G)que a vida é água a(A7)correr (G)Venho do fundo do(C)tempo não (D)tenho tempo a(G)perder (G)Minha barca(C)aparelhada solta o pano rumo ao(D)norte (G)meu desejo é(C)passaporte para a (D)fronteira(G)fechada (G)Não há ventos que não(D)prestem (G)nem marés que não(A7)convenham (G)nem forças que me(C)molestem (D)correntes que me(G)detenham (G)Quero eu e a(D)natureza (G)que a natureza sou(A7)eu (G)e as forças da(C)natureza (D)nunca ninguém as(G)venceu (G)Com licença com(C)licença que a barca se fez ao(D)mar (G)não há poder que me(C)vença mesmo(D)morto hei-de (G)passar (G)não há poder que me(D)vença (G)mesmo morto hei-de(A7)passar (G)com licença com(C)licença com(D)rumo à estrela(G)polar (Repete duas primeiras quadras)