E B7 Perguntei ao preto velho: - por que chora, meu herói E Preto velho respondeu: - É meu coração que dói! B7 Eu já fui bom candeeiro, fui carreiro e fui peão, E Já derrubei muito mato e já lavrei muito chão E7 A Com carinho carreguei os filhos do meu patrão B7 E Em troca do que fiz só recebi ingratidão! B7 Sempre chamei de senhor quem me tratou a chicote E Livrei o patrão de cobra, na hora de dar o bote E7 A Eu sempre fui a madeira e o patrão foi o serrote B7 E Sofri mais do que boi velho com canga no cangote! B7 Da terra eu terei o ouro e o patrão fez o seu anel E Mas agora estou velho, e meu patrão mais cruel E7 A Esta me mandando embora vou viver de léu em léu, B7 E O que me resta é esperar a recompensa do céu!