A E A Osso duro de roer é o Brasil da atualidade E A A E A É doido a gente ver a cruel desigualdade A E A O pobre fica mais pobre o rico enriquece mais E A Tubarões e agiotas aumentam seus capitais E A os tais colarinhos brancos da cadeia vive ausente E A Os malandros de casaca estão agindo livremente A E A O povo segue sem rumo numa canoa furada E A Tem tudo quem não trabalha quem trabalha não tem nada E A Dez por cento come a carne e noventa rói o osso E A A E A Meia dúzia come a fruta o resto engole o caroço A E A A inflação é um espada que fere causa pavor E A Salário sobe de escada e os preços de elevador A E A Das crianças tenho pena são as que padecem mais E A Vão perdendo a esperança de ter conforto dos pais E A Os poderes competentes nada fazem para o povo E A A E A Nós estamos num aperto igual o pinto no ovo A E A Não adianta rezar terço nem pedir nossa senhora E A A E A A santa já não dá conta do povo que sofre e chora