Am Arranca o couro cabeludo Arranca caspa, arranca tudo G Deixa entrar sol Nesse porão Am Em qualquer dia por acaso Desfaz-se o nó, rompe-se o vaso G E surge a luz da inspiração Am Deixa seus anjos e demônios Tudo está mesmo é nos neurônios G Num jeito interno De pressão Am Talvez se possa, como ajuda Ter uma amante manteúda G Ou um animal de estimação C Pega a palavra, pega e come Não interessa se algum nome Bb Possa te dar indigestão O que se conta e se aproveita É se a linguagem já vem feita Bb Com sua chave e seu chavão A A porta se abre é de repente Como se no ermo do presente G Se ouvisse a voz da multidão A E o que tem força, o que acontece É como um dia que estivesse G Sem calendário ou previsão B Fica de espera, de tocaia Talvez um dia a casa caia Talvez um dia a casa caia E7 E fique tudo ao rés-do-chão C Fica a fumaça no cachimbo Fica a semente no limão Fica o poema no seu limbo A E na palavra um palavrão _______________________________________________________ Contribuição: Jorge Barbosa([email protected])