Porteira A Fora chords

Lisandro Amaral

Key: 

Simplify chords 

Capo: 3st fret

  					 

"Chegou linda a primavera 
Cavalhada pelechando 
Os cordeiros retoçando 
É dia de marcação 
Serviço que é tradição 
Destes pagos da fronteira 
E a nossa gente campeira 
Firma a tempera no braço 
Pealando de todo o laço 
Pela a praia da mangueira 
Os campeiros desiscilham 
Na sombra das caneleiras" 

                               B7 
Os ovelheiros ficam cuidando os arreios, 
                                 Em 
Um guaxo pampa quer lamber as barrigueiras, 
                              Am 
Voam mutucas, pateiam pingos atados 
               C         B7            Em 
E um cardeal canta no alto das taquareiras. 

                                   B7 
Nuvens de poeira se levantam céu adentro 
                                     Em 
Nascem do centro do chão duro da mangueira, 
                                Am 
Costeiam vacas berrando pelos terneiros 
                 C    B7               Em 
E um joão barreiro proseia co'a companheira. 

                               B7 
Tinem arames, terneirada mal costeada 
                                  Em 
E a gauchada tira as botas, se arremanga; 
                                 F#7 
Canha e pitanga são remédios numa guampa 
           B7                        Em 
Essência pampa, gosto de mato e de sanga. 

                     B7 
Bota lhe fogo nessas marca gratulino 
                    Em 
Porque o silvino Bololó ta de a cavalo 
                      B7 
O mano Vaz estira o laço num moerão 
                       Em 
E o borbinha toma um trago no gargalo. 

                       B7 
O seu pituca espeta a carne pra'o assado 
                   Em 
O cipriano peala, capa e assinala 
                     B7 
Homens maduros sentados sobre os arreios 
              C        B7         Em 
E nesse meio o mate acompanha a fala. 

                                 B7 
Que gente buena destes pagos de mi flor... 
                              Em 
No tirador, capincho em couro sovado; 
                                 Am 
No lenço atado, bandeira pampa que esvoa 
          C            B7              Em 
Quando encordoa um terneiro pra um bolcado 

                                    B7 
O luiz bacia pede cancha, armando o laço 
                               Em 
E para o braço num tiro, longe, de atrás, 
                                    Am 
Pealo de mestre quando a trança se termina 
             C            B7        Em 
E o tombo é sina que a natureza desfaz. 

                            B7 
O diamantino raça de índio pampeano 
                              Em 
Um soberano mesmo sem nada na vida; 
                               F#7 
Tropeiro andejo, obediente e servidor 
      B7                       Em 
Do corredor, fez casa, rumo e partida. 

                    B7 
Eu fui guri que aprendeu a cucharrear 
                         Em 
E derrubar na saída da porteira; 
                      B7 
Fui mandalete de alcançar marca e serrote 
                        Em 
Carneá um munício e desmancha pras cuzinheira. 

                           B7 
Fui guitarreiro e toquei gaita nos galpões 
                   Em 
E nos fogões alegrando a gauchada; 
                    B7 
Andei por tudo pealando quando cresci 
                  C            B7      Em 
"dês que" saí dos pagos da encruzilhada.