E B Nasci na roça e perto da minha casa A Tinha um tal de Chico Brasa E Filho de Maria Bira E B Maria Bira casada com João Otávio A Conhecido homem bravo B No sertão de tanta ira E B E Chico Brasa foi crescendo e foi sentindo A Seu instinto de menino E Pedindo pra viajar E B E quanto mais ele crescia ia vendo A Que o sertão era pequeno B Ele queria aventurar A Seu pai dizia em sua ira E Desse sertão ninguém me tira A Chico dizia em sua ira E/B Desse sertão ninguém me tira E B Um belo dia perto daquela fazenda A Foi morar uma pequena E Com olhos de lua clara E B Pele macia morena, cor de canela A B Uma deusa tinha ela uma beleza tão rara E B Mas o destino preparou uma surpresa A E pela mesma beleza E Dois sentimentos iguais E B E o olhar que tinha mais do que um brilho A Transforamavam pai e filho B Em dois valentes rivais A E João dizia em sua ira E Essa mulher ninguém me tira A E Chico dizia em sua ira E/B Essa mulher ninguém me tira E B E Chico Brasa reconhecendo o perigo A Levou a moça consigo E Fugiu para a capital E B Obedecendo as ordens do coração A Jurou que para o sertão B Não voltaria nem a pau E B Quando João ficou sabendo dessa fuga A Encheu o rosto de ruga E E de bala o cinturão E B Se esquecendo que o rival era seu filho A Pôs o dedo no gatilho B E o ódio no coração E B Matou o filho e matou a rapariga A Quando um não quer dois não brigam E A sua filosofia E B Rumou de volta prum sertão de tanta ira A B E agora ninguém lhe tira dessa sua cela fria E B No coração de todo e qualquer sertanejo A E Ficou dúvida e medo, desespero e revolta E B Prisioneiro da sua própria consciência A B Se não existe inoscência naõ tem esse que se solta E E no sertão agora B João vive sozinho A Feito um velho passarinho E Que já não pode voar E B Porque é preso todo homem quando erra A Consciência é feito terra B Que não se pode plantar A João tava certo em sua ira E Desse sertão ninguém lhe tira A João tava certo em sua ira E Seus sentimentos são mentira E B A E/B Lêe, le, le, le, le